A Operação Março Negro é um grande movimento feito pelo grupo Anonymous, que pretende derrubar as vendas de produtos do entretenimento no mês de Março. Isso é uma forma de protesto contra as novas leis de censura a internet, SOPA, PIPA e ACTA.
A operação defende que em março a indústria mundial do entretenimento tenha um colapso nas vendas, sendo que eles pedem para que as pessoas não comprem nada desse meio, desde revistas até CDs e DVDs, tanto originais quanto piratas. E isso também vale para downloads, não devem ser feitos nenhum download de material legal ou não.
A campanha foi ocasionada pelas novas leis que pretendem censurar um dos meios mais livre já inventados que é a internet. Essas leis são totalmente antidemocráticas e não devem ser levadas adiante.
Se você também é contra essas leis abusivas venha conosco e entre na campanha e não compre nada da mídia em março, espera ate abril.
A imprensa lançou informações de que Kim estava planejando lançar um site chamado Megabox. Nesse Megabox, os cantores e músicos poderiam vender suas faixas diretamente para o público, sem toda aquela burocracia que temos numa gravadora. O artista ainda receberia 90% dos ganhos - 10% iria para a empresa Megaupload.
Os artistas poderiam até mesmo optar por oferecer seus trabalhos gratuitamente e, neste caso, seriam pagos através de um serviço chamado Megakey. "Sim, é isso mesmo, vamos pagar os artistas, mesmo pelos downloads gratuitos. O modelo de negócios do Megakey foi testado com mais de um milhão de usuários e funciona", disse Kim Dotcom ao TorrentFreak, em dezembro. O Megabox faria isso ignorando as gravadoras, a RIAA e toda a indústria musical estabelecida.
O alemão Kim Dotcom, que tem residência na Nova Zelândia e também é conhecido como Kim Schmitz e Kim Tim Jim Vestor, foi preso em 20 de janeiro a pedido de autoridades norte-americanas, junto de outras três pessoas.
Segundo a acusação, Dotcom comandava um grupo que lucrou 175 milhões de dólares desde 2005 ao copiar e distribuir, sem autorização, músicas, filmes e outros conteúdos protegidos por direitos autorais.
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Os advogados de Dotcom dizem que a empresa apenas oferecia armazenamento online e que ele nega veementemente as acusações.
No início deste mês, uma corte da Nova Zelândia negou recurso para Dotcom ser libertado sob pagamento de fiança, concordando com a promotoria sobre o risco de que ele pudesse tentar fugir antes da audiência para extradição.
Nesta quarta-feira, o juiz Nevin Dawson concedeu a fiança sob condições rigorosas, alegando que nenhuma nova evidência de recursos secretos foi encontrada.
Se esses serviços fossem de fato lançados, poderíamos ter certeza de que não seria mais necessário pagar altas taxas sobre as músicas que baixamos. Mais de 80% do valor das músicas para download legal que temos atualmente são de taxas impostas pela gravadora. O artista ganharia o que merece pelas suas faixas e nós pagaríamos menos. Comprar música pela internet seria mais comum no Brasil, já que CD's e mídias físicas estão caindo em desuso.
SMTT aperta cerco contra mototaxistas e categoria fecha pista em protesto
Quem pega os mototáxi em frente ao vila Madalena sabe muito bem o que aconteceu segunda pela manhã.
O interessante que bandido ninguém quer prender, ônibus ninguém quer colocar...
Imagino que isto tenha sido um aviso dos poderosos (políticos e seus comparsas), mostrando que eles mandam e desmandam e se o povo achou ruim o aumento da passagem, eles podem tornar nossa vida pior ainda!
Cerca de 30 motos são apreendidas e motoristas protestam; eles prometem interditar ruas e parar o trânsito na cidade.
Revoltados com a apreensão de pelo menos 30 motocicletas, cerca de 300 mototaxistas fizeram uma manifestação, nesta segunda-feira (27), na frente da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT). Após serem recebidos pelo superintendente do órgão, Ronilson Campos, os manifestantes liberaram a Avenida Durval de Góes Monteiro, que ficou interditada até o início da tarde. No entanto, as motos apreendidas não foram liberadas, como queriam os mototaxistas.
Embora tenha reconhecido que a multa aplicada aos mototaxistas, de R$ 2.500, é alta, o superintendente afirmou que as apreensões irão continuar. "Nossa fiscalização vai apreender qualquer veículo que faça transporte irregular, seja moto, carro ou van", disse Ronilson.
O protesto
A categoria prometeu que só liberaria a pista quando fosse recebida pelo superintendente de Transporte ou pelo prefeito Cícero Almeida. Eles exigiam, ainda, que as motos apreendidas sejam liberadas. O protesto que começou na sede da SMTT poderia ganhar ainda mais volume, pois os mototaxistas ameaçaram fechar outros pontos da cidade. “Caso essa situação não seja resolvida, vamos fechar outras avenidas da cidade, de forma a complicar o trânsito dentro de Maceió”, avisou José Salatiel, presidente da Associação dos Mototaxistas.
A manifestação foi consequência de uma fiscalização que aconteceu no início da manhã desta segunda, quando fiscais da SMTT apreenderam os veículos que faziam transporte irregular de passageiros. “É uma operação de rotina, para coibir esta atividade irregular”, explicou o tenente Misael, que coordenou a fiscalização.
Os mototaxistas, por sua vez, reclamaram da ação da SMTT e, segundo eles, da omissão da prefeitura, que ainda não regulamentou a atividade de mototaxista. “Precisamos trabalhar, mas a prefeitura não regulamenta a nossa atividade, por isso atuamos na clandestinidade”, explicou José Salatiel.
No final da manhã, o policiamento em frente a SMTT foi reforçado, já que um princípio de tumulto aconteceu. Um mototaxista ameaçou virar uma viatura da SMTT e teve que ser contido por militares. Militares do Centro de Gerencimento de Crises e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram deslocados para controlar a situação.
O alto valor das multas aplicadas pelo município é outra queixa dos mototaxistas. "Eu não tenho a mínima condição de pagar uma multa destas", lamentou Manoel Anselmo, mostrando a multa recebida durante a manhã de hoje. "São dois mil e quinhentos reais. Como vou pagar isso se, mesmo trabalhando faturo porco mais de R$ 20 por dia? E agora sem moto para trabalhar?", questionou.
Todos os 137 sindicatos filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT-AL) vão se mobilizar a partir da segunda-feira (26), para protestar contra o aumento abusivo nas passagens de ônibus urbanos de Maceió. O aumentou passou de R$ 2,10 para R$ 2,30.
"Iremos mobilizar toda a sociedade, incluindo os estudantes. Não é possível um aumento deste. Fizemos um levantamento em outras capitais e descobrimos que em Maceió a passagem é mais cara do Nordeste; e pelo levantamento feito com base na quilometragem, é a mais cara do País, o que é inadmissível uma situação como essa, levando-se em consideração a situação precária dos trabalhadores de Maceió", destacou o presidente da CUT-AL, Izac Jacson Ferreira Cavalcante.
O objetivo da peça é suspender os efeitos da decisão monocráticado desembargador Washington Luiz, que aprovou o reajuste da passagem para R$ 2,30, durante o fim de semana, NA CALADA DA NOITE DE SÁBADO PARA DOMINGO. A ação culminou com mobilização imediata de diversos movimentos de trabalhadores, estudantes e centrais sindicais.
“Foi uma liminar dada de surpresa, de um sábado para domingo. Em cima disso é que estamos organizando essas ações para dar a mostra essa indignação. Estamos encaminhando o mandado diretamente para o presidente, porque só ele ou o pleno do Tribunal reunido é que pode suspender os efeitos da decisão do desembargador”, explicou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Isaac Jackson.
Segundo Jackson, o departamento jurídico da CUT está definindo, junto às outras entidades que fazem parte do movimento unificado, quem possui representatividade para assinar a peça jurídica. "Esse documento deve ser feito com assinatura da CUT, Famecal, movimentos sociais, estudantis, e as seis centrais sindicais que temos aqui, que possuem CNPJ. São essas entidades que também estão promovendo, em paralelo, o grande ato público que deve ser realizado nessa quarta-feira".
DE SUA OPINIÃO SOBRE COMO ESTA NOSSO TRANSPORTE PUBLICO, E SE VOCÊ GOSTOU DO AUMENTO DA PASSAGEM.
Na etapa final, o CRB voltou com tudo e pressionou bastante o alviverde.
Aos 15 minutos, o time da casa fez mais um, novamente Rodrigão, 3x0.
Sem dar chance ao adversário, o Galo fez dois gols em dois minutos, aos
28 e 29 minutos. Maradona e Elsinho balançaram a rede, CRB 5x0. No final
do segundo tempo, o Regatas poderia ter feito o sexto gol por pelo
menos três tentativas, mas o resultado acabou mesmo no 5 a 0
A primeira partida da final do primeiro turno, entre CRB x ASA, será em
Arapiraca, na próxima quarta-feira, às 20h30. A grande decisão
acontecerá no Estádio Rei Pelé, no sábado, às 16h.
O CRB é o segundo finalista do 1º Turno do Campeonato Alagoano de 2012.
Isso porque o Time da Pajuçara goleou o Murici por 5x0, na segunda
partida da semifinal, na tarde deste domingo (26), no Estádio Rei Pelé,
em Maceió. O Galo sobrou em campo e, como havia garantindo um empate
(1x1) no jogo de ida, em Murici, assegurou sua vaga na grande decisão,
contra o ASA.
Panem et circenses é a forma acusativa da expressão latina panis et circenses, que significa "pão e jogos circenses", mais popularmente citada como pão e circo. Esta foi uma política criada pelos antigos romanos, que previa o provimento de comida e diversão ao povo, com o objetivo de diminuir a insatisfação popular contra os governantes.
No Império Romano quando o momento era de crise, tudo era escasso, para o povo se acalmar, não reclamar e, não se revoltar contra o poder dominante da época, era utilizado a política do "pão e circo", ou seja, eram construídas enormes arenas (Coliseu), nas quais se realizavam os sangrentos espetáculos dos gladiadores (escravos treinados para matar ou morrer, e suas vidas ficavam na dependência da platéia, que com um indicador do polegar determinava se deveriam viver ou morrer (vide o filme O Gladiador). Esses espetáculos envolviam homens e animais selvagens. Também eram realizados eventos como corridas de bigas, quadrigas, acrobacias, bandas, palhaços e corridas de cavalos.
Enquanto o espetáculo acontecia, alguns servos eram incumbidos de jogar pão nas arquibancadas. Dessa forma o povo não reclamava dos problemas que os acometia ou alguma crise política que poderia estar em pauta no momento. Ao patrocinarem a diversão e a comida gratuita ao povo, o mesmo se esquecia, momentaneamente, desses problemas e, quando se lembrassem, os fervores do momento já havia passado. Dessa forma, o povo de barriga cheia e diversão garantida ficava mais calmo, pacífico e voltava para casa sem reclamar e protestar das injustiças sofridas, se sujeitando uma vez mais aos desmandos dos Césares da época e relegando as decisões importantes a esses líderes políticos sem participarem ativamente do processo.
A política do pão e circo que foi muito utilizada na Roma antiga continua muito atual hoje em dia, o que demonstra mudarem-se os povos, os lugares, mas não o modo de agir do ser humano. Essa política circense está cada dia mais em voga, isto podemos constatar nessa época que precede as eleições municipais. São ofertados ao povo os mega-comícios com atrações diversas e artistas cobiçados. Deixam o povo extasiado e anestesiado para a questão realmente relevante do momento: o voto consciente e qual o candidato que realmente tem uma proposta séria e voltada para o social que merecerá nosso voto.
Se de repente, surge algo importante e que merece a atenção popular para se conhecer o seu candidato e ao mesmo tempo esse assunto pode por em risco sua candidatura, é promovida imediatamente uma mega-atração "circo" para desviar a atenção popular do assunto em foco.
Com tanto pão e circo, não é de se admirar que o povo vote naquele que mais espetáculo propiciar ao povo, naquele que fez mais promessas ou deu mais "pão" (camiseta, bonés, "show-mício", falsas promessas e outros).
Não se preocupam em conquistar o voto, em incutir no povo o voto consciente e justo. Querem comprar o voto a qualquer custo.
Em um país semi-analfabeto e miserável essa política tão antiga do "pão e circo" ainda é a melhor opção.
Que se regalem com esses shows, pois ficarão, depois, penando quatro anos, na miséria e na dependência dos favores políticos do coronel atual que reinará no trono da prefeitura, sabendo que seu preço foi bem pago em cada show-mício patrocinado pelo político no qual votamos.
Infelizmente Bertolt Brecht tem razão sobre o analfabeto político¹. Nosso povo é um analfabeto geral e, principalmente analfabeto político!
¹ Analfabeto político
- O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio depende das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce à prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo. (Bertolt Brecht)
De acordo com o delegado Luis Fernando Saab, responsável pelo inquérito sobre o tumulto na apuração do Carnaval de São Paulo, Tiago Ciro Tadeu Faria e Cauê Santos Pereira vão ser autuados pelos crimes supressão de documento (pena mínima de 6 anos) e dano qualificado (3 anos). São crimes inafiançáveis, com penas máximas de 9 anos.
A pena pode diminuir para oito anos porque o documento que foi rasgado
não era público, e sim um documento particular da Liga Independente das
Escolas de Samba de São Paulo. As testemunhas do caso são três policiais
militares e um delegado, que fazia parte do júri.
Roubar dinheiro publico pode, e ninguém faz nada.
Desviar dinheiro publico pode, e ninguém faz nada.
Quebrar sigilo bancário sem mandado judicial pode, e ninguém faz nada.
Dinheiro na cueca pode, e ninguém faz nada.
Receber propina pode, e ninguém faz nada.
Roubar merenda de criança pode, e ninguém faz nada.
Aumentar o próprio salario pode, e ninguém faz nada.
Prender quem quer aumento de salario pode, e ninguém faz nada.
Cartão corporativo pra pagar motel e joias pode, e ninguém faz nada.
Então vocês já sabem, cometam qualquer crime, menos mexer com o Pão e Circo, pois isso mantem o controle da mente do povo pelos governos corruptos.
E se você quiser mostrar essa farsa, sera destruído por eles.
O vídeo abaixo mostra a revolta do povo com a robalheira que se tornou o desfile das escolas de samba. Mais um modo dos poderosos, QUE MANDAM NO MUNDO, manterem o poder e tirar a atenção do povo dos assuntos realmente importantes.
Este, que tornou Rachel Sheherazade a maior celebridade jornalistica da época.
Hoje é quarta-feira de fogo, mas eu não vejo a hora de chegar a quarta-feira de cinzas. Não,
não é que eu seja inimiga do carnaval. Inclusive já brinquei muito: em
clubes, prévias, blocos… Fui até Olinda-PE em plena terça-feira de
carnaval. Portanto, vou falar com conhecimento de causa. E como
um véu que se descortina, como uma máscara que cai, gostaria de revelar
algumas verdades que encontrei por trás da fantasia do carnaval.
A primeira delas: o brasileiro adora carnaval. Não acredito. Na Paraíba, por exemplo, o maior bloco de arrasto disse ter registrado cerca de 400 mil foliões no desfile do ano passado. Mas, a população paraibana conta com mais de 3 milhões e 600 mil cidadãos. Portanto,
a maioria do povo não foi à rua, ou por que não gosta de carnaval, ou
por que não se reconhece mais nessa festa dita popular. Segunda falsa verdade: o carnaval é uma festa genuinamente brasileira. Não, não é. O
carnaval, tal como o conhecemos, surgiu na Europa, durante a era
vitoriana, e se espalhou pelo mundo afora, adaptando-se a outras
culturas.
Quarta falsa verdade: É uma festa popular. Balela! O
carnaval virou negócio – dos ricos. Que o digam os camarotes VIP, as
festas privadas e os abadás caríssimos, chamados “passaportes da
alegria”. E quem não tem dinheiro para comprar aquela roupinha colorida
não tem, também, o direito de ser feliz?! Tem não. E aqui, na Paraíba,
onde se comemoram as prévias não é muito diferente. A maioria dos blocos
vive às custas do poder público e nenhuma atração sobe em um trio
elétrico para divertir o povo só por ser o carnaval uma festa
democrática. Milhões de reais são pagos a artistas da terra e de
fora dela para garantir o circo a uma população miserável que não tem
sequer o pão na mesa.
Muitas coisas, hoje, me revoltam no carnaval. Uma delas é ouvir a boa música ser calada à força por hits do momento como o “Melô da Mulher Maravilha”, e similares que eu nem ouso citar. Fico
indignada quando vejo a quantidade de ambulâncias disponibilizadas num
desfile de carnaval para atender aos bêbados de plantão e valentões que
se metem em brigas e quebra-quebra. Onde estão essas mesmas
ambulâncias quando uma mãe de família precisa socorrer um filho doente,
quando um trabalhador está infartando, ou quando um idoso no interior
precisa se deslocar de cidade para se submeter a um exame? Revolto-me ao
ver que os policiais estão em peso nas festas para garantir a ordem
durante o carnaval e, no dia-a-dia, falta segurança para o cidadão de
bem exercitar o direito de ir e vir.
Mas o carnaval é uma festa maravilhosa…
Dizem até que faz girar a economia, que os pequenos comerciantes
conseguem vender suas latinhas, seu churrasquinho… Se esses pais de
família dependessem do carnaval para vender e viver, passariam o resto
do ano à míngua. Carnaval só dá lucro para donos de cervejaria,
para proprietários de trios elétricos e uns poucos artistas baianos. No
mais, é só prejuízo. Alguém já parou para calcular o quanto o
Estado gasta para socorrer vítimas de acidentes causados por foliões
embriagados? Quantos milhões são pagos em indenizações por morte ou
invalidez decorrentes desses acidentes? Quanto o poder público
desembolsa com os procedimentos de curetagem que muitas jovens se
submetem depois de um carnaval sem proteção que gerou uma gravidez
indesejada? Isso sem falar na quantidade de DST’s que são transmitidas
durante a festa em que tudo é permitido! Eu até acho que o carnaval já foi bom… Mas isso foi nos tempos de outrora.
O amianto, comprovadamente cancerígeno é responsável direto pela morte de muitos trabalhadores.
O amianto, um produto prejudicial à saúde, tem coberto
com seu manto invisível a vida dos países desenvolvidos. Proibido nessa
região do planeta, embora não extinto, atualmente ameaça a população dos
países mais pobres. O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de
amianto.
Desde o começo do século passado, o amianto se tornou o
principal material da maior parte das construções. O material é um grupo
de minerais fibrosos, compostos de silicatos, caracterizado por suas
fibras longas e resistentes, que podem se separar, apresentando a
particularidade de poder ser entrelaçadas solidamente e resistir a altas
temperaturas.No começo do século 20 se inventou um procedimento pelo
qual, misturado com o cimento, dava lugar ao amianto cimento ou
fibrocimento, utilizado especialmente nos encanamentos de água potável,
telhas onduladas e – como é um produto ignífugo, que resiste muito bem
ao calor – para recobrir elementos que precisam ficar expostos ao calor.
No trabalho, no lar e até no ar
Francisco
Puche, membro da organização Ecologistas em Ação, editor, escritor, que
faz parte da Federação Nacional de Vítimas do Amianto, explica que "já
existiram até três mil produtos de diferentes tamanhos e condições que
continham amianto, como por exemplo torradeiras, filtros de cigarros,
filtros de água e encanamentos, pinturas impermeabilizantes, pastilhas e
sapatas de freio, pavimentos”.
“Além disso, como era muito
flexível, podia ser usado como tecido em cobertores ou tecidos
isolantes, assim como na indústria naval. Estava em todas as partes, de
modo que houve uma espécie de contaminação geral de fibras de amianto no
ambiente", continua.
Devido a essa variedade de usos, a exposição ao amianto atualmente pode
ser ocupacional, doméstica ou ambiental. Em um estudo publicado pela
Organização Internacional do Trabalho (OIT), no ano de 2006, se estimava
em cem mil o número de pessoas que morrem por ano no mundo como
consequência da exposição ao amianto.
A Organização Mundial da
Saúde (OMS), em um relatório realizado em 2010, assegurava que no mundo
há cerca de 125 milhões de pessoas expostas ao amianto no local de
trabalho e, segundo cálculos desta organização, a exposição laboral
causa mais de 107 mil mortes anuais por causa de câncer de pulmão
relacionadas com esse material.
Além disso, afirmava o relatório, um terço das mortes por causa de câncer de origem laboral são causadas pelo amianto.
O produto industrial mais mortal da história
Para
Puche, o amianto é "talvez o produto industrial que mais mortes vai
causar na história da humanidade, mais do que o tabaco, porque vem sendo
usado há muito tempo e porque também é muito difundido".
Cerca
de 70% das pessoas que estão expostas no trabalho caem doentes, mas
também faz adoecer 30% dos que não estão assim expostos, ou seja, as
pessoas que vivem perto de fábricas ou que são parentes dos próprios
trabalhadores.
O amianto em sua elaboração industrial se esmiúça
em fibras muito pequenas. Da ordem de uma milionésima parte de um metro,
que passam a ser fibras invisíveis e indestrutíveis, "em grande parte
porque são muito resistentes aos ácidos e ao fogo, portanto permanecem
quase mais tempo que a energia nuclear e está em todas as partes, no ar,
na água e, portanto, nos alimentos", explica o ecologista.
Puche
assinala que "as primeiras informações sobre os males do amianto para a
saúde remontam ao ano de 1898. Depois, ao longo dos primeiros 50 anos
do século 20, foram feitos estudos científicos cada vez mais sérios onde
se foi demonstrando a toxicidade deste mineral. O problema é que houve
muito tempo de latência entre a exposição e a morte ou surgimento da
doença, e por outro lado a fibra é invisível, não se vê nem tem cheiro".
Mas,
além disso, Puche lamenta que tenha havido "uma grande conspiração do
silêncio porque era um material muito rentável, muito flexível, servia
para muitas coisas e não interessava de nada para as empresas que se
descobrisse sua toxicidade. Somente no começo da década de 90, e
sobretudo a partir de 2000, que se começou a proibir o produto nos
países desenvolvidos. De fato, atualmente é proibido em 55 países".
Países em desenvolvimento
O
que a princípio foi um fenômeno nos países desenvolvidos, atualmente a
construção com este material barato emerge nos países em
desenvolvimento, com a consequente incidência futura que terá sobre a
saúde de suas populações.
"No século 20, até a década de 1990, os
países mais afetados eram os Estados Unidos e os da Europa, ou seja,
onde mais se consumia amianto. Agora, como lá é proibido, os países mais
afetados são Rússia, China, Índia e alguns da África. Na América
Latina, a metade de seus países também foi muito afetada, mas já começa a
haver um processo de proibição que começou na Argentina, Chile e parte
do Brasil".
O Brasil um dos maiores produtores mundiais de amianto.
Segundo a Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (Abrea), o
mineral é utilizado em quase 3 mil produtos industriais, como telhas e
caixas d'água. O baixo custo do produto e sua alta resistência favorecem
o consumo.
Outra das arbitrariedades que se cometem, diz o
ecologista e escritor, é que "países onde seu uso é proibido, como no
Canadá, o amianto é extraído mas não consumido, sendo exportado para
outros para que o transformem. São empresas instaladas em países com o
amianto regulamentado, mas com interesses econômicos em outras empresas
localizadas em países onde ele não está".
"Há muita cumplicidade
entre os países desenvolvidos onde se encontra um tremendo problema na
hora de eliminar o amianto", adverte Puche.
"Costuma-se assegurar
que o amianto não prejudica mais a saúde, mas isso não é verdade,
porque constantemente ele está sendo quebrado ou manipulado e, como por
cada 12 milímetros de largura de uma placa pode sair um milhão de fibras
que podem ser inaladas, se torna um enorme risco cancerígeno. Há gente
que com uma dose muito pequena pode contrair câncer de pulmão depois de
30 ou 40 anos. Esse é o problema", acrescenta o especialista.
Também,
uma das atuações de muito duvidosa moralidade é a que explica o
ecologista que está acontecendo em alguns países onde "os navios que
foram construídos há mais de dez anos estão cheios de amianto e, na hora
de seu desmantelamento, são enviados aos países asiáticos pobres. Ali,
as pessoas, por três dólares ao dia, se dedicam a tirar o amianto sem
nenhum tipo de proteção e é gente muito jovem, por isso que o número de
mortes que haverá dentro de 30 ou 40 anos vai ser imenso".
E para
pôr fim a este grave problema de saúde pública ao qual a população está
exposta, Puche diz: "Há lugares muito sensíveis porque há crianças,
idosos e doentes onde existe o amianto. Portanto, uma das coisas que nós
pedimos é que se faça um registro dos lugares e prédios sensíveis. A
partir daí, realizar um programa para desamiantar, começando pelo mais
urgente, e dedicar um orçamento em nível governamental".
Documentario sobre o Amianto
Amianto - Avisos da Natureza. Lições Não Aprendidas - Parte 1 de 3
Amianto - Avisos da Natureza. Lições Não Aprendidas - Parte 2 de 3
Amianto - Avisos da Natureza. Lições Não Aprendidas - Parte 3 de 3
Milhares de europeus foram às ruas neste final de semana protestar contra a onda de leis antipirataria que estão em discussão em vários países do bloco e nos Estados Unidos.
Cerca de 30 mil pessoas, segundo agências internacionais, se reuniram em vários pontos da Alemanha para protestar. Também houve passeatas na Polônia, Hungria, França, Irlanda e Bélgica.
Além de protestarem contra o ACTA, o tratado internacional que deseja criar um conjunto de leis severas para punir quem baixar conteúdo protegido, os europeus foram às ruas para evitar que o governo tente aproveitar a criação do pacto antipirataria para criar regras para vigiar o que é feito na internet. Parte dos europeus crê que os governos vão criar leis severas para ter o controle de conteúdo.
Os protestos dos europeus têm surtido efeito. Os governos da Polônia, Eslováquia, Letônia e República Tcheca resolveram estudar mais o ACTA para ver ser vão aderir ou não. A Alemanha também adiou a assinatura do tratado.
O ACTA está sendo discutida desde 2006. O grande patrocinador do tratado são os Estados Unidos e o Japão.