Em greve desde o dia 17/04, os professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) realizam assembleia, nesta quarta-feira (23), às 9h30, no auditório da Reitoria, no Campus A. C. Simões, no bairro Cidade Universitária.
Em pauta, a avaliação do movimento com análise de conjuntura, informes nacionais e locais, com apresentação de tabelas que mostram o impacto da Medida Provisória (MP) 568/12 nos vencimentos básicos dos docentes e tabelas com valores propostos pelo Andes/SN, discussão da necessidade de criação de um fundo de greve e a definição dos serviços considerados essenciais e que vão continuar em funcionamento, mesmo durante a greve.
Na opinião do vice-presidente da Associação dos Docentes da Ufal (Adufal), professor Marcio Gomes Barboza, a greve tem sido uma demonstração inequívoca de que os professores já não agüentam mais esperar indefinidamente pela reestruturação da carreira docente. “As negociações não têm avançado e deveriam ter sido concluídas desde o final de março”.
A esse respeito, a Adufal vai apresentar um dossiê elaborado pelo Sindicato Nacional das Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes/SN) que descreve minuciosamente o andamento dessa negociação que vem se arrastando desde agosto de 2010.
“A nossa carreira docente é a mesma desde a década de 80. Essa reivindicação é histórica e justa”, analisa o professor. Segundo ele, a Adufal e o Andes/SN têm pautado essa greve em cima da legalidade tomando todas as precauções e seguindo as exigências legais. “No dia 14, o Andes/SN comunicou a greve nacional ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) e nós, aqui em Alagoas entregamos notificação ao Reitor Eurico Lobo, no dia 15”, expõe Marcio Barboza, enfatizando que o movimento vem preservando o direito fundamental de ir e vir da comunidade acadêmica, inclusive, sem o fechamento dos portões da instituição.
Serviços mantidos durante a greve - O movimento paredista está buscando na base e com a administração central da universidade a definição dos serviços essenciais a serem mantidos durante a greve. Na segunda- feira (21) foi realizada uma reunião do comando local de greve (CLG) com diretores de unidades acadêmicas para coletar demandas consideradas essenciais pela base.
Entre as demandas apresentadas estão, por exemplo, cursos de pós-graduação, cursos de ensino à distância (EAD), projetos de pesquisas financiados, projetos de extensão, estágios curriculares, eventos acadêmicos previamente agendados e atividades do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA). “Essas demandas foram sistematizadas em reunião do CLG, desta terça-feira (22) e serão apresentadas para deliberação da assembleia, desta quarta (23)”, afirma o professor.
DESEMBARGADOR MANDA PRENDER RODOVIÁRIOS QUE MANTIVEREM GREVE.
O presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT/AL), desembargador Severino Rodrigues, determinou, nesta segunda-feira (20), o retorno imediato dos motoristas de ônibus ao trabalho, sob pena de prisão de oito pessoas, entre membros do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Alagoas (Sinttro/AL) e cinco motoristas de coletivos. A greve parou totalmente os ônibus de algumas empresas em Maceió nesta segunda.
Dois oficiais de Justiça esperam que a categoria decida se volta ou não ao trabalho. Os oficiais estão aguardando o “bom senso dos rodoviários”, segundo afirmou um deles ao Tudo Na Hora, mas o presidente do Sinttro, Écio Marques, já declarou que a categoria não retornará as atividades. “Ele [o desembargador] determinou a prisão. Então, cumpra-se”, disse Écio.
Além da prisão, o sindicato corre o risco de pagar R$ 50 mil de multa diária caso os rodoviários não decidam retornar ao trabalho. Os rodoviários dizem que se forem presos não haverá ônibus circulando na cidade amanhã (21). Hoje, cerca de 3.500 trabalhadores de todas as empresas de ônibus pararam, segundo números do sindicato. Apenas alguns ônibus das empresas Veleiro e São Francisco, cujas rotas não passam pelo Tabuleiro, são vistos circulando pela cidade.
Policiais do 4º Batalhão de Polícia Militar aguardam para cumprir os mandados de prisão na porta da viação Piedade, no Tabuleiro do Martins, onde a categoria se reunia para definir a continuidade da paralisação dos ônibus. Quatro viaturas do 4º BPM estão no local.
Os rodoviários descumpriram a decisão do próprio presidente do TRT, que determinou, no último dia 30 de julho, a manutenção de 80% da frota circulando na capital durante a greve.
Entre os que podem receber ordem de prisão estão três membros da diretoria do sindicato e cinco motoristas de coletivos. Na lista estão o presidente do Sinttro, Écio Ângelo Marques, o tesoureiro Sandro Régis, o secretário Ronaldo Leopoldino e os motoristas da empresa São Francisco Edivaldo Paulino, Eduardo Marinho, Paulo Sérgio da Silva, Raimundo Calheiros e José Cícero Quirino.
Quatro dos motoristas participaram do movimento grevista na manhã dessa segunda, porém José Cícero Quirino alega que esteve cumprindo expediente de trabalho até as 14h desta tarde e não esteve na paralisação durante a manhã.
Segundo a assessoria de comunicação do TRT, o presidente do órgão acatou liminar concedida em favor do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município de Maceió (Sinturb/Mac).
Categoria quer antecipar negociação salarial
Segundo os grevistas, a negociação salarial vem se arrastando sem chegar a um acordo. "Faz muito tempo que a gente vem negociando, mas sempre há remarcação de novas audiências no TRT", disse o cobrador de ônibus Luiz Carlos. A próxima audiência agendada no Tribunal do Trabalho, entre empresas e rodoviários, está marcada para o dia 29 deste mês.
A greve, que não tem tempo determinado, serve para pressionar a antecipação do final da negociação salarial, segundo o Sinttro. A categoria quer que a questão seja decidida antes do dia 29.
Os rodoviários afirmam aceitar os reajustes propostos pelo Ministério Público, que são de 2,5% no ticket alimentação, 15% no plano de saúde e 7,5% no salário. Segundo o presidente do Sinttro, Écio Marques, as empresas dizem que não têm condições de conceder esses reajustes, pois tiveram 9% de queda na receita por conta da redução no preço da tarifa de ônibus, que voltou para R$ 2,10 seguindo determinação da Justiça.
POLICIAIS FEDERAIS EM GREVE EM MACEIÓ
A mobilização dos policiais federais começou por volta das 13h30 e seguirá até o final da tarde. Os agentes estão com faixas, cartazes e distribuindo panfletos entre os passageiros, com o objetivo de informar à população sobre as reivindicações que estão sendo feitas pela categoria.
Os trabalhadores cobram do governo a reestruturação da carreira, a discussão de novas políticas salariais e a troca do atual diretor-geral da Polícia Federal (PF), Leandro Daiello Coimbra.
Mudança para o nível superior
O protesto dos policiais reivindica, principalmente, a transformação dos cargos de agente, escrivães e papiloscopistas, que hoje estão no nível superior com remuneração equivalente a de nível médio, para o status de nível superior. A discussão tem nova rodada de negociação nesta terça-feira (21), às 20h, no Ministério do Planejamento. “A União propõe 15,8% de aumento, divididos em três anos, 2013, 2014 e 2015. Mas, nós não queremos o reajuste dessa forma”, explicou o escrivão da PF, Diogo de Lima Medeiros.
Com a transformação dos cargos e a consequente reestruturação da carreira, o salário dos grevistas ganharia acréscimo de cerca de 70%, o equivalente a R$ 12 mil iniciais e bruto. Atualmente, o valor pago pelo serviço da categoria é de R$ 7 mil. “O que estamos cobrando é justo porque, há 15 anos, a lei exige nível superior para os referidos cargos, entretanto, os salários pagos têm os mesmos valores daqueles recebidos por pessoas de nível médio. Outros trabalhadores, a exemplo de servidores das agências de regulação e da Abin, já conseguiram a estruturação de suas carreiras e recebem vencimentos melhores”, acrescentou Medeiros.
A preocupação dos policiais, neste momento, volta-se também para o relógio que corre contra o tempo. No próximo dia 31 se encerra o prazo para que o governo federal envie o Projeto de Lei Orçamentária ao Congresso Nacional para votação. Caso a reestruturação da carreira não esteja contemplada na LOA, os agentes continuarão a ter os mesmos vencimentos em 2013.
SAMU EM GREVE
As negociações entre os servidores do Serviço de Atendimento Móvel e Urgência (Samu) e o Governado do Estado não avançaram. Na noite desta quinta-feira (16/08/2012), a categoria anunciou uma nova greve por tempo indeterminado, após realizar uma paralisação de advertência nesta manhã.
Durante entrevista à imprensa, o presidente do sindicato Claudio Wagner, afirmou que há dois anos o Governo não dar andamento com as reivindicações feitas pela categoria, e nem oferece melhorias nas condições dos equipamentos utilizados durante os socorros.
De acordo Wagner, apenas 40% do serviço será mantido, que são as unidades de atendimento avançado. As sete unidades de atendimento básico ficarão recolhidas no pátio do órgão, no bairro do Farol.
Além das reivindicações, os profissionais pedem o pagamento da gratificação de serviço de risco. Os profissionais do Serviço de Atendimento Móvel e Urgência (Samu) realizam nesta