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segunda-feira, 15 de julho de 2013

"O povo islandês soube dar uma lição de democracia à Europa e ao resto do mundo. Uma lição, porém, SILENCIADA PELA MÍDIA, que continua a representar os interesses de quem gerou(e gera) as crises: A BURGUESIA"...

Protestos contra a crise financeira na Islândia em 2008-2009
                             
Alguns dos protestantes em frente ao Alþingishús, sede do Parlamento Islandês, em 15 de novembro de 2008.
Os protestos contra a crise financeira na Islândia em 2009, também referido como Revolução dos Panelaços, ocorreu, e está ocorrendo, em meio à crise financeira na Islândia. 

Há protestos esporádicos desde outubro de 2008 contra a atuação do governo da Islândia contra a crise financeira que abate o país. Os protestos intensificaram-se em 20 de janeiro de 2009, com milhares de pessoas realizando protestos no Parlamento.


Os protestos pedem a renúncia geral de todas as autoridades islandesas, e a realização de novas eleições. Os protestos diminuíram, pelo menos na maior parte, com a renúncia do governo de Þingvellir. Um novo governo está sendo formado, e as eleições 
foram realizadas na primavera (hemisfério norte) de 2009.

Preocupado com o estado da economia da Islândia, Hördur Torfason iniciou um protesto solitário em outubro de 2008. Torfason "apresentou-se em Austurvöllur, a praça em frente ao Parlamento, com microfone e convidou as pessoas a falarem". No sábado seguinte, ocorreu uma demonstração mais organizada, e os 
participantes estabeleceram o "Raddir fólksins". 


O grupo decidiu se reunir todo sábado até o governo cair. Torfason liderou o protesto de um palanque perto da frente do Parlamento.
Em 20 de janeiro de 2009, os protestos viraram tumultos. Entre 1.000 a 2.000 pessoas entraram em confronto com a polícia de choque nos arredores do parlamento (Althing), que usou spray de pimenta. Pelo menos 20 pessoas foram presas, e outras 20 tiveram cuidados médicos devido ao spray de pimenta.


Os protestantes bateram panelas e tocaram buzinas para interromper a primeira reunião do ano do primeiro-ministro da Islândia, Geir Haarde, e o Althing. Os protestantes quebraram algumas janelas do parlamento, atirando skyrs e bolas de neve. Também lançaram bombas de fumaça nos jardins do parlamento. 

O uso de panelas e frigideiras por parte dos protestantes foi denominado pela imprensa local como "Revolução do Panelaço".
Em 21 de janeiro de 2009, os protestos continuaram em Reykjavik, onde o carro do primeiro-ministro foi atingido por bolas de neve, ovos e latas, lançados pelos protestantes que queriam a sua renúncia.

Os prédios governamentais foram rodeados por uma multidão de mais de 3.000 pessoas, que lançavam contra os prédios tinta e ovos. A multidão seguiu então para o Althing, onde um protestante subiu no parlamento e pôs uma faixa que dizia "Traição devido à negligência ainda é traição".No entanto, nenhuma pessoa foi presa nesta manifestação.

Em 22 de janeiro, a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão que estava no Austurvölller (a praça em frente ao Parlamento). Foi a primeira vez que a polícia islandesa usou este recurso desde os protestos anti OTAN em 1949. Cerca de 2.000 protestantes tinham rodeado o prédio desde o dia anterior, e lançaram fogos de artifício, sapatos, toalhas de papel e pedras contra o prédio do parlamento e sua guarda policial. 


O chefe de polícia de Reykjavik, Stefán Eiríksson, disse que os policiais tentaram dispersar um "núcleo maciço" de "algumas centenas de protestantes" com spray de pimenta antes de usar o gás lacrimogêneo Eiríksson também disse que esperava a continuação dos protestos, e que isto representava uma nova situação na Islândia.

Apesar do anúncio em 23 de janeiro das eleições parlamentares (que seriam realizadas em 25 de abril de 2009), e do anúncio de que o primeiro-ministro da Islândia, Geir Haarde iria se retirar da política devido a um câncer de esôfago e que não seria um candidato nessas eleições, os protestantes continuaram a encher as ruas, pedindo um novo cenário político e eleições imediatas. 


Haarde anunciou em 26 de janeiro que ele prepararia sua renúncia como primeiro-ministro o mais rápido possível, após diálogos com a Aliança Democrática Social da Islândia, nos quais ele pediu a manutenção do seu governo após a sua renúncia.

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